O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, neste domingo (30), os “privilégios” acumulados historicamente pela elite brasileira, durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão. A fala ocorreu em meio à discussão sobre a nova faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), sancionada recentemente, que amplia o benefício para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês.
Segundo o presidente, a medida representa um passo importante na busca pela justiça tributária no país e contribuirá para fortalecer a economia ao liberar maior poder de compra para milhões de brasileiros. “Nosso governo está do lado do povo brasileiro, construindo um país mais próspero, mais forte e, principalmente, mais justo”, afirmou Lula, ao citar o mote da nova campanha institucional da Secretaria de Comunicação da Presidência, intitulada “Brasil mais justo”.
Lula voltou a criticar a desigualdade na cobrança de impostos, argumentando que é “vergonhoso” que setores da elite, especialmente aqueles com altas rendas, paguem proporcionalmente menos Imposto de Renda do que trabalhadores e a classe média. A nova legislação, que passa a valer em 2026, prevê compensação financeira baseada na tributação de rendimentos mais elevados, alcançando cerca de 0,1% da população com maior riqueza.
O governo estima que a ampliação da faixa de isenção injetará R$ 28 bilhões na economia já em 2026. A expectativa é que o montante estimule o consumo, aqueça diversos setores produtivos e impulsione o crescimento econômico. A proposta também é vista como uma das principais apostas do Planalto para as eleições presidenciais de 2026, reforçando a estratégia de ampliar o diálogo com trabalhadores e setores de menor renda.
Ao encerrar o pronunciamento, Lula reiterou que a política tributária do governo busca corrigir distorções históricas. “Estamos combatendo injustiças que se arrastam há décadas para que o Brasil finalmente avance”, declarou.





