A manhã desta segunda-feira (18) começou marcada por surpresa, perplexidade e um sentimento crescente de indignação entre os moradores de Vitória da Conquista. A notícia da exoneração do delegado Odilson Pereira Silva, que comandava a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), caiu como uma bomba, especialmente diante do trabalho expressivo que ele vinha conduzindo à frente da unidade.
Odilson assumiu a delegacia em um momento de forte demanda por resultados. Muitos moradores relatavam sensação de insegurança, número elevado de furtos e roubos e pouca resposta efetiva das autoridades. No entanto, o novo delegado chegou discreto, sem holofotes e, em pouco tempo, transformou o setor.
Resultados que chamaram atenção
O desempenho da DRFR sob sua liderança se tornou motivo de comentários positivos, tanto entre profissionais da segurança quanto entre comerciantes, empresários e moradores da região. Entre os principais resultados alcançados, destacam-se:
- Apreensão de quase R$ 10 milhões entre dinheiro, veículos de luxo, cargas, bens e materiais ligados ao crime organizado;
- Desarticulação de quadrilhas inteiras, que atuavam em roubos de veículos, furtos qualificados, assaltos a estabelecimentos e receptação;
- Recuperação de diversos veículos roubados, além de produtos e cargas tomadas de assalto que retornaram para seus verdadeiros proprietários;
- Prisões de estelionatários que aplicavam golpes recorrentes na cidade, afetando comerciantes, idosos e consumidores em geral;
- Fortalecimento da investigação patrimonial, combatendo não apenas os autores dos crimes, mas toda a estrutura financeira que sustentava as práticas criminosas;
- Reaproximação da DRFR com a comunidade, que voltou a enxergar a delegacia como um espaço ativo e eficaz.
A soma desses resultados devolveu à população a sensação de que a delegacia estava, de fato, cumprindo seu papel. Moradores, comerciantes e vítimas passaram a buscar mais a unidade, acreditando nas investigações e na possibilidade de recuperar seus bens.
Exoneração sem explicação gera revolta
Por isso, a notícia da exoneração do delegado pegou a cidade de surpresa. Sem uma justificativa oficial divulgada até agora, a mudança gerou uma onda de questionamentos:
Por que trocar justamente o delegado que mais produziu na área patrimonial nos últimos anos?
Quais critérios orientaram a decisão?
Trabalhar muito e mostrar resultados ainda vale a pena?
Nas redes sociais, o clima é de indignação. Diversos moradores relatam que nunca viram a DRFR tão ativa quanto nos últimos meses. Para muitos, a sensação é de perda e insegurança diante da possibilidade de retrocessos no combate ao crime patrimonial.
Reconhecimento da população
Apesar da exoneração, o nome do delegado Odilson Pereira Silva permanece em alta entre os conquistenses. O período em que comandou a DRFR é lembrado com elogios, especialmente pela postura firme contra o crime organizado, pela transparência nas operações e pelo comprometimento com as vítimas.
A população destaca que, pela primeira vez em muitos anos, a delegacia parecia ter um direcionamento claro, com ações coordenadas e resultados visíveis. Sua atuação foi interpretada como um marco na segurança pública local.
Próximos passos
Embora deixe o comando da DRFR, Odilson segue na Polícia Civil e deverá assumir uma nova função em breve. Moradores desejam que sua experiência e eficiência continuem trazendo contribuições relevantes para a segurança da Bahia.
Enquanto isso, permanece o questionamento: o que motivou a saída de um dos delegados mais atuantes da cidade? Até que a autoridade responsável se pronuncie, resta ao cidadão seguir acompanhando e torcendo para que os avanços recentes não sejam perdidos.
A despedida de Odilson da DRFR deixa uma certeza: seu trabalho marcou época e reforçou o papel essencial de uma polícia investigativa comprometida com resultados concretos e com a proteção da sociedade.






