A família de Juliana Marins, jovem de 26 anos que morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, afirmou nesta quarta-feira (25) que irá buscar justiça pelo que consideram negligência no resgate. Natural de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Juliana fazia um mochilão pela Ásia quando sofreu o acidente.
De acordo com os familiares, Juliana ficou presa em uma encosta por quatro dias após a queda, e teria sobrevivido por algumas horas à espera de socorro. A principal crítica da família é a suposta demora da equipe de resgate para localizá-la e retirá-la do local.
Se tivessem chegado em até sete horas, Juliana ainda estaria viva, disseram parentes da jovem em comunicado enviado à imprensa. Eles também afirmaram que não foram informados adequadamente sobre o andamento das buscas e que apenas após insistentes cobranças souberam da localização do corpo.
Juliana era uma viajante experiente e compartilhava sua rotina em redes sociais. Segundo relatos, ela fazia a trilha sozinha, mas manteve contato com amigos até pouco antes do acidente. O vulcão Rinjani é conhecido por sua beleza e também por sua dificuldade de acesso, especialmente em regiões mais íngremes e de vegetação densa.
A Embaixada do Brasil na Indonésia informou que está prestando apoio consular à família e acompanha o caso junto às autoridades locais. Em nota, a equipe de resgate indonésia declarou que enfrentou condições meteorológicas adversas e dificuldades geográficas que teriam dificultado a operação.
A família de Juliana pretende acionar a Justiça e órgãos internacionais de direitos humanos, alegando falha grave nos protocolos de resgate e omissão de socorro. Amigos e internautas têm mobilizado redes sociais com mensagens de luto e cobranças por respostas, utilizando a hashtag #JustiçaPorJuliana.
O corpo de Juliana Marins deve ser repatriado nos próximos dias. A família organiza uma cerimônia íntima em Niteroi, onde a jovem será velada.