A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu início, neste mês de maio, a um novo ciclo do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). A iniciativa, que visa monitorar a presença de agrotóxicos em produtos de origem vegetal amplamente consumidos pela população brasileira, será realizada em parceria com estados, municípios e o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen-MG).
De acordo com a Anvisa, o ciclo de 2025 prevê a coleta de 3.505 amostras de alimentos, abrangendo 13 itens da cesta alimentar nacional: abacaxi, amendoim, batata, brócolis, café (em pó), feijão, laranja, mandioca (farinha), maracujá, morango, quiabo, repolho e trigo (farinha). A ação tem como objetivo avaliar se os resíduos de agrotóxicos presentes nesses alimentos estão dentro dos limites estabelecidos pela legislação sanitária vigente.
As coletas ocorreram entre os meses de maio e dezembro, com abrangência nacional. Participam do processo o Distrito Federal e os estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
O PARÁ é considerado um dos principais instrumentos de vigilância sanitária no país para garantir a segurança alimentar da população. Desde sua criação, em 2001, o programa contribui para o aperfeiçoamento da regulação de agrotóxicos e para a promoção de práticas agrícolas mais seguras. Os resultados das análises laboratoriais são utilizados também para orientar ações de fiscalização, revisar limites máximos permitidos e fortalecer a atuação conjunta entre órgãos de saúde, agricultura e meio ambiente.
Os dados completos do ciclo 2025 deverão ser divulgados pela Anvisa no ano seguinte, com detalhamento por cultura agrícola, região e tipo de irregularidade, caso identificada.