Neste Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta segunda-feira (7), a Organização Mundial da Saúde lançou um alerta contundente sobre os altos índices de mortalidade materna e neonatal em todo o mundo. De acordo com a entidade, aproximadamente 300 mil mulheres morrem a cada ano em decorrência de complicações relacionadas à gravidez ou ao parto. Além disso, mais de 2 milhões de bebês morrem nos primeiros 28 dias de vida e outros 2 milhões são natimortos ou seja, morrem após 20 semanas de gestação ou durante o parto.
Segundo a organização, as mortes maternas e neonatais continuam sendo, em sua maioria, evitáveis por meio de cuidados de saúde adequados durante a gestação, o parto e o pós-parto. No entanto, falhas sistêmicas, desigualdades no acesso aos serviços de saúde, pobreza e falta de investimento em infraestrutura médica ainda são obstáculos persistentes em muitas regiões do planeta.
As projeções também preocupam. A OMS afirma que, com base nas tendências atuais, quatro em cada cinco países não alcançarão as metas globais de melhoria na sobrevivência materna até 2030, estipuladas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Além disso, um terço das nações não conseguirá cumprir as metas de redução das mortes de recém-nascidos.
A entidade reforça a necessidade de investimentos urgentes em sistemas de saúde resilientes, com foco especial no atendimento materno e neonatal. “Não estamos lidando apenas com estatísticas. Estamos falando de vidas humanas, de mães, bebês e famílias inteiras devastadas por mortes que poderiam ser evitadas com medidas relativamente simples, como atendimento pré-natal de qualidade, presença de profissionais capacitados durante o parto e acesso a serviços obstétricos de emergência”, destaca o documento.
O apelo da OMS neste 7 de abril, portanto, é claro: salvar vidas maternas e infantis deve ser prioridade global. E isso exige não apenas compromisso político, mas ações concretas que garantam o direito à saúde para todas as mulheres e crianças, independentemente de onde vivam.