A sessão da Câmara Municipal foi marcada por um episódio de tensão e revolta. O vereador Alexandre Xandó gerou polêmica ao se referir a mulheres que tiveram familiares envolvidos nos eventos de 8 de janeiro como “viúvas do 8 de janeiro”. A fala foi recebida com vaias e indignação, especialmente entre os presentes que defendem os direitos das vítimas e suas famílias.
O termo utilizado pelo vereador Alexandre Xandó foi amplamente machucar a dor dessas mulheres, que, desde os acontecimentos daquele dia, buscam reconhecimento e justiça para os envolvidos. A reação do público na Câmara Municipal foi imediata, com fortes manifestações de repúdio à fala do vereador Alexandre Xandó .
Em meio às vaias, o vereador Alexandre Xandó reforçou sua posição e ainda declarou: “Não quero ouvir choro nem mimimi”, aumentando ainda mais a revolta dos presentes. A declaração foi vista como contraditória, uma vez que, no governo anterior, o próprio vereador Alexandre Xandó criticava duramente expressões semelhantes quando utilizadas por adversários políticos.
O vereador Alexandre Xandó também questionou a defesa dos bolsonaristas em relação aos presos pelos atos de 8 de janeiro. “Eu vivi pra ver bolsonarista defendendo presidiários. Não eram vocês que diziam que bandido bom é bandido morto?”, provocou.
Outro momento tenso ocorreu quando o vereador Alexandre Xandó rebateu a vereadora Dra. Lara Fernandes de maneira considerada uma espécie de violência política contra a mulher. Em resposta às críticas da parlamentar sobre sua declaração, o vereador Alexandre Xandó usou palavras duras e fez uma analogia polêmica ao mencionar a invasão e depredação do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. “Eu queria que um grupo entrasse aqui na Câmara, destruísse tudo, cagasse no seu gabinete. Eu queria ver o que a senhora diria sobre o cidadão que fez isso”, disparou o vereador Alexandre Xandó.
A fala do parlamentar gerou uma onda de críticas dentro e fora da Câmara, sendo considerada por muitos uma postura incoerente com sua trajetória de defesa dos direitos humanos.
A oposição na Câmara se manifestou de forma contundente contra a fala do vereador, classificando-a como insensível e desrespeitosa. Já parlamentares aliados tentaram minimizar o impacto da declaração. Ainda assim, o desconforto foi evidente, e a repercussão do episódio gerou grande debate entre lideranças políticas.