O crime organizado movimenta anualmente cerca de R$ 146,8 bilhões no Brasil. Esse montante gigantesco não apenas financia atividades criminosas, mas também gera prejuízos bilionários para a economia nacional. De acordo com a delegada , Gabriela Garrido, esse cenário representa uma ameaça direta à estabilidade econômica do país e afeta a sociedade como um todo.
“O impacto do crime organizado não se restringe apenas à segurança pública. Ele prejudica diretamente a economia, a geração de empregos e até o desenvolvimento de políticas sociais. Quanto mais dinheiro o crime movimenta, mais difícil se torna combatê-lo”, destaca a delegada.
Prejuízos Bilionários
Os números impressionam. No setor de combustíveis, por exemplo, as fraudes geram perdas fiscais de aproximadamente R$ 23 bilhões por ano. Já a Secretaria de Segurança Pública registrou um prejuízo acumulado de R$ 94,4 bilhões em 11 anos devido a atividades criminosas.
Além disso, contrabando, lavagem de dinheiro e fraudes tributárias drenam recursos que poderiam ser investidos em saúde, educação e infraestrutura. “Quando falamos de crime organizado, falamos de um esquema que envolve corrupção, sonegação e até financiamento do tráfico de drogas e armas”, explica Gabriela Garrido.
Além disso, o mercado ilegal de bebidas movimenta ilegalmente R$ 56,9 bilhões, enquanto o garimpo ilegal impacta não apenas a economia, mas também o meio ambiente, acelerando o desmatamento.
Segundo a delegada Gabriela Garrido, uma das principais razões para o crescimento do crime organizado é a circulação constante de dinheiro dentro dessas redes criminosas. “Se quisermos enfraquecer essas organizações, precisamos cortar seu financiamento”, alertou.
Como combater o Crime Organizado?
Segundo a delegada Gabriela Garrido, uma das estratégias mais eficazes para enfraquecer as redes criminosas é cortar seus canais de financiamento. Para isso, algumas medidas são essenciais:
- Integração entre as forças de segurança – A colaboração entre Polícia Federal, Polícia Civil, Receita Federal e órgãos de fiscalização é fundamental para desmantelar redes criminosas.
- Fortalecimento do intercâmbio de informações entre países – O crime organizado opera em escala internacional, exigindo uma cooperação mais eficiente para combater o contrabando e a lavagem de dinheiro.
- Leis mais rígidas e atualizadas – O endurecimento das penalidades para crimes como lavagem de dinheiro e corrupção dificulta a ação das quadrilhas.
- Monitoramento financeiro rigoroso – Investir em inteligência financeira para rastrear e bloquear recursos ilícitos pode enfraquecer financeiramente essas redes.
- Educação e conscientização da população – Reduzir o consumo de produtos ilegais, como contrabando e pirataria, é fundamental para cortar a demanda e, consequentemente, o lucro dessas organizações.
“A população precisa entender que comprar produtos ilegais, mesmo que pareça inofensivo, alimenta esse sistema criminoso. Se tem quem compra, sempre haverá quem vende. Precisamos de uma mudança cultural para diminuir essa demanda”, reforça a delegada.
Crime Organizado: Um Desafio Coletivo
O crime organizado não sobrevive sem dinheiro. Se o fluxo financeiro dessas redes for interrompido, seu poder será reduzido. A delegada Gabriela Garrido enfatiza que, além das ações das forças de segurança, é fundamental que a sociedade cobre políticas mais eficazes dos governantes e faça escolhas conscientes no consumo.
“A luta contra o crime organizado não é apenas uma responsabilidade das autoridades, mas de todos nós. Precisamos entender os impactos desse sistema e agir para enfraquecê-lo”, finaliza a delegada Gabriela Garrido.