Salvador será palco, nesta terça-feira (28), de uma importante mobilização em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Com o tema “Diga Não ao Trabalho Escravo”, a caminhada tem como objetivo central chamar atenção para a persistência dessa violação dos direitos humanos e reforçar o compromisso coletivo com a erradicação da exploração laboral no estado.
Organizada pela Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae-Ba), a manifestação terá início às 16h, com concentração ao lado da Igreja da Vitória. A expectativa é reunir representantes da sociedade civil, autoridades públicas, e organizações sociais, reforçando a união de forças contra essa prática desumana.
Fortalecer uma cultura de liberdade
O secretário da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia , Felipe Freitas, destacou a importância de ações como a caminhada para promover uma cultura de respeito à dignidade humana:
“Queremos levar às ruas a mensagem de que nós, baianas e baianos, sociedade civil e poder público, estamos atentas e atentos a este grave problema. A caminhada representa, ao mesmo tempo, esperançar e agir. A realidade do trabalho ilegal atinge a muitas famílias, pois é, muitas vezes, um crime oculto. Queremos jogar luz sobre esta realidade nefasta.”
Felipe Freitas também ressaltou que a mobilização é um ato de solidariedade e compromisso coletivo.
“Nossa tarefa é cada vez mais fortalecer uma cultura de liberdade e respeito no nosso estado, e também apoiar as ações governamentais de resgate às vidas.”
O papel estratégico da Coetrae-Ba
A Coetrae-Ba desempenha um papel fundamental na articulação de políticas públicas voltadas à prevenção, fiscalização, assistência às vítimas e responsabilização dos responsáveis por práticas de trabalho escravo. A comissão busca ampliar o debate sobre o tema e garantir que o Estado da Bahia continue avançando no enfrentamento dessa violação.
Trabalho escravo: um crime ainda invisível
Segundo dados oficiais, o trabalho escravo afeta milhares de brasileiros, principalmente nas áreas rurais, mas também em zonas urbanas. Em muitos casos, a exploração permanece oculta, dificultando a identificação e a punição dos infratores. A caminhada desta terça-feira pretende trazer à tona essa realidade e reforçar o papel de cada indivíduo na construção de uma sociedade livre de exploração.
A mobilização conclama toda a sociedade baiana a se engajar na luta por um trabalho digno e justo para todas e todos.