O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encontrou-se nesta tarde com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em Brasília, para discutir o impasse na liberação de emendas parlamentares, um obstáculo que ameaça atrasar a votação do aguardado pacote de corte de gastos. O pacote é uma peça-chave da agenda fiscal do governo e considerado essencial para equilibrar as contas públicas.
Haddad afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já dialogou com os líderes das Casas Legislativas e alinhou um encaminhamento para atender às demandas dos parlamentares. “O presidente Lula já se reuniu com os presidentes das Casas, pactuou um encaminhamento que, do meu ponto de vista, atende os anseios dos parlamentares”, declarou o ministro ao deixar o Ministério da Fazenda para o encontro com Pacheco.
Mais cedo, Lula também se reuniu com Pacheco e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em um esforço conjunto para encontrar uma solução que viabilize a aprovação do pacote fiscal antes do recesso parlamentar, previsto para o final de dezembro. O governo tem pressionado pela celeridade na votação, uma vez que o pacote é fundamental para a sustentabilidade econômica e política do país no próximo ano.
O principal impasse gira em torno da liberação de emendas parlamentares, um tema sensível que mobiliza o Congresso Nacional. Parlamentares demandam mais clareza e previsibilidade na execução dessas emendas, enquanto o governo tenta manter o controle sobre os gastos em um cenário de austeridade fiscal.
Para analistas políticos, o sucesso dessa negociação é crucial para a governabilidade do presidente Lula. Se o governo não conseguir avançar agora, enfrentará dificuldades ainda maiores em 2025, com um Congresso mais pressionado por pautas eleitorais.
Após a reunião entre Haddad e Pacheco, espera-se um novo posicionamento do Senado sobre o cronograma da votação. Há expectativa de que o pacote seja votado ainda nesta semana, mas a liberação de emendas pode ser o fator decisivo para garantir o apoio necessário.
Enquanto isso, a articulação do governo segue intensa nos bastidores, com o objetivo de evitar um desgaste político e assegurar o compromisso com a agenda fiscal.