Um levantamento recente trouxe à tona um dado preocupante: cerca de 40% das gestantes desconhecem a existência de um calendário de vacinas específico para a gravidez. A pesquisa, encomendada pela farmacêutica Pfizer ao Instituto de Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Idec), revelou ainda que seis em cada dez gestantes acreditam que os imunizantes são voltados apenas à proteção materna, ignorando o impacto positivo na saúde dos bebês.
Entre as gestantes que receberam orientação para se vacinar, 96% seguiram a recomendação, evidenciando a importância do trabalho educativo realizado pelos profissionais de saúde. Por outro lado, a pesquisa também destacou lacunas nesse processo. Cerca de 11% das entrevistadas das classes A e B relataram ter recebido orientações contrárias à imunização de seus próprios médicos. Além disso, outros 11% afirmaram que os profissionais de pré-natal não abordaram o tema das vacinas durante as consultas.
Proteção em dose dupla
Especialistas reforçam que o calendário vacinal da gravidez é fundamental para a proteção da mãe e do bebê. Vacinas como a dTpa (contra difteria, tétano e coqueluche), a vacina contra influenza e, em alguns casos, a hepatite B, estão entre as recomendações mais importantes.
A coqueluche, por exemplo, pode ser grave em recém-nascidos. A vacina tomada durante a gravidez garante que o bebê receba anticorpos protetores através da placenta.
Educação é o caminho
Os resultados da pesquisa destacam a necessidade de reforçar o trabalho educativo no acompanhamento pré-natal. O momento da consulta é ideal para esclarecer dúvidas, desmistificar boatos e reforçar a importância da imunização. As campanhas informativas e treinamentos para os profissionais de saúde podem melhorar os índices de adesão ao calendário vacinal.
A responsabilidade compartilhada
É essencial que profissionais de saúde estejam bem informados e preparados para orientar as gestantes sobre as vacinas indicadas durante a gravidez. Além disso, é necessário um esforço conjunto entre sistemas de saúde, famílias e a sociedade em geral para garantir que a informação correta chegue a todas as futuras mães.
Com a adesão ao calendário vacinal, é possível não apenas proteger as gestantes contra doenças graves, mas também oferecer aos bebês um começo de vida mais saudável e seguro.