As mais de 2,8 milhões de pessoas que compareceram à praia de Copacabana para assistir a tradicional queima de fogos do réveillon da cidade deixaram 385 toneladas de lixo nas areais de Copacabana. Segundo informações da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), até às 10h desta manhã, haviam sido retiradas dos pontos onde houve festa de passagem nas praias da cidade um total de 757 toneladas de resíduos.
Na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, os garis envolvidos na coleta de lixo retiraram 136 toneladas, no Piscinão de Ramos, 15 toneladas, e no Parque Madureira, 4,5 toneladas.
Este ano, a companhia contou com 3.379 garis distribuídos nos diversos pontos de festejo, além de 346 fiscais e agentes ambientais, que trabalharam com apoio de 192 veículos, entre eles caminhões basculantes e carros-pipa, e 52 equipamentos, como pás carregadeiras e sopradores.
Para facilitar o trabalho dos garis, foram distribuídos previamente 1,2 mil contêineres de 240 litros, sendo 800 só em Copacabana, e 80 laranjões com capacidade para 3,2 mil litros – sendo 60 deles em Copacabana e 20 na Barra da Tijuca.
A Comlurb atuou na faixa de areia do Leme ao Leblon, houve equipes também nas praias da Ilha do Governador, Sepetiba, Guaratiba, Paquetá, Barra e Recreio, e no Piscinão de Ramos, além do Parque do Flamengo e do Parque Madureira.
Principais vias
As informações indicam que antes mesmo das 10h, horário previsto a conclusão dos trabalhos, as vias principais de Copacabana, onde a aglomeração de pessoas foi bem acima das 2,5 milhões de pessoas inicialmente prevista pela prefeitura, já estavam limpas e lavadas com água de reuso, e entregues normalmente ao tráfego de veículos.
A Comlurb informou adotou este ano o que chamou de “onda laranja”, um mutirão de garis em linha varrendo toda a extensão da areia, da água até o calçadão, o que otimizou os serviços de limpeza.
O presidente da Comlurb, Tarquinio Almeida, que acompanhou os trabalhos realizados em Copacabana, falou sobre a operação de limpeza das praias da cidade.
“Mobilizamos contingentes de outras regiões em uma super força-tarefa para garantir a tradição de entregarmos toda a orla de Copacabana totalmente limpa até às 10h. Este ano, com o aumento no número de frequentadores e pelo fato de pela manhã ainda ter muita gente nas areias, nosso trabalho precisou ser mais meticuloso, contando com a compreensão das pessoas para realizarmos o trabalho, mas com jeitinho deu tudo certo”, disse.
Este ano, o total de materiais potencialmente recicláveis foi de 43 toneladas, sendo 21 toneladas recolhidas pela própria companhia e o restante arrecadado por catadores cooperativados e autônomos, que foram parceiros, gerando emprego e renda para a categoria.
Atendimento médico e trânsito
As informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) indicam que foram realizados 641 atendimentos médicos, nos quatro postos montados na orla de Copacabana para atender o público que comemorou a chegada de 2019.
A maioria dos casos era de traumas e de intoxicação por uso excessivo de álcool ou drogas. O esquema especial de assistência em saúde foi iniciado às 17h30 e, até o fim do evento, foram encaminhadas 70 pessoas, cujos casos eram considerados mais graves, para os hospitais da rede municipal na região.
No Réveillon anterior, a equipe da Secretária Municipal de Saúde havia realizado 657 atendimentos e 58 remoções.
Do efetivo total de 1.774 guardas municipais envolvidos com o esquema do réveillon, número 67% maior do que no ano anterior, 616 atuaram exclusivamente na fiscalização e monitoramento dos pontos de bloqueio de trânsito seguindo planejamento da CET-Rio.
A Coordenadoria de Fiscalização e Reboque (CEFER), órgão ligado a Secretaria Municipal de Ordem Pública, rebocou 635 veículos por estacionamento irregular, desde domingo, quando do início da operação. Ao todo foram aplicadas 256 multas, todas por estacionamento irregular.
A Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) deteve 13 pessoas em ocorrências durante a operação especial para o Réveillon 2019. A maioria dos casos aconteceu durante a tarde de segunda-feira (31). os motivos não foram revelados.
FONTE Nielmar de Oliveira – Repórter